Índios, seringueiros, quilombolas e outros moradores da floresta estão entre as dezenas de milhares de participantes do 9º Fórum Social Mundial, que começa oficialmente nesta terça-feira (27), em Belém (PA). A primeira edição amazônica do evento, que visa discutir rumos alternativos para a ordem econômica e política mundial, terá forte presença de organizações locais.
Alguns representantes começaram a se dirigir à capital paraense há dias, em caravanas fluviais e rodoviárias organizadas em encontros regionais, os chamados “Encontros Sem Fronteira”, realizados em diferentes pontos fronteiriços da Amazônia, alguns deles em regiões tão remotas como o Alto Solimões e a zona da fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. A quarta-feira (28) foi denominada “Dia da Pan-Amazônia” e será dedicada a discussões, testemunhos e oficinas com temática regional. Na Tenda dos Povos Indígenas, que funcionará na Universidade Federal do Pará, serão discutirão temas como a demarcação de terras, projetos econômicos que afetam as comunidades e a preservação ambiental.
Pelo planejamento inicial do fórum, discutido dois anos atrás, a questão da Amazônia e os efeitos do desmatamento no equilíbrio ambiental seriam os principais eixos das discussões do evento. De lá para cá, porém, o cenário mudou e a eclosão da crise financeira internacional deve se sobrepor à questão amazônica, ganhando importância o debate de propostas alternativas ao modelo neoliberal que conduziu a globalização e acabou resultando na crise atual.
Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, doze ministros devem participar dos debates com os movimentos sociais. Mesmo com a crise internacional como principal tema, entre os ministros brasileiros que vão à Belém não estão os principais responsáveis pela política econômica, Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento), nem o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
(Fonte: Portal G1)
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