segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Servidores da CEA querem federalização já

Durante cinco horas, a contar do início do expediente matutino, trabalhadores da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) cruzaram os braços numa atitude de advertência. Eles querem que seus representantes sindicais sejam chamados a integrar as negociações para federalização da Companhia. A categoria defende essa como a melhor saída para a crise administrativa e financeira que vive a CEA.

"Precisamos saber dos prazos e do andamento do processo de federalização para tranquilizarmos os trabalhadores", disse Adonis Augusto, diretor do Sindicato dos Urbanitários. Os sindicalistas reclamam da demora e da falta de informações. Federalizar a CEA é uma proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica que já vem se arrastando há mais de quatro anos.

Uma dívida que chega perto de R$ 1 bilhão levou a Companhia a situação atual. Desse total, R$ 600 milhões são devidos à Eletronorte. Apontar uma causa é impossível, mas o acúmulo de problemas como a inadimplência dos grandes consumidores, como o poder público, má gestão de diversas diretorias e um histórico de políticas assistencialistas podem estar na raiz do problema.

Para os trabalhadores, cerca de 1.200, importa prioritariamente saber sobre a manutenção dos empregos. A base sindical defende a federalização por considerar que só os recursos federais podem salvar a empresa e evitar a privatização. Apelo feito até aos céus; na passagem do Círio de Nazaré era possível ler faixa com pedido à Nossa Senhora para a federalização da CEA.

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