quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Pescadores do Amapá receberão curso de capacitação profissional e tecnologia em pesca
15 de janeiro de 2009.

O estado do Amapá, através da Agência de Pesca do Amapá (Pescap) investirá recursos na ordem de R$ 344,32 mil para capacitação profissional e tecnologia em pesca e aqüicultura a todos os pescadores do Estado. O recurso faz parte do Convênio nº 0070, liberado pela secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, do Governo Federal. Em março a Pescap dará o pontapé inicial do convênio nos municípios de Amapá, Tartarugalzinho, Pracuúba e Calçoene, os primeiros municípios a serem contemplados com os cursos.

Nesta primeira etapa será feita divulgação dos cursos e mobilização da categoria. São 48 cursos, entre eles, para pesca, navegação e aqüicultura, sobre utilização de equipamentos, manutenção de motores marítimos, entre outros. Cada curso terá a carga horária de 40 horas/aulas semanais.

Eles serão ministrados por técnicos capacitados pela própria agência. Somente com colônias, cooperativas e associações de pescadores da região amapaense a Pescap atuará com uma média de 1. 410 mil pessoas, que serão treinadas. Filhos de pescadores, estudantes e demais pessoas interessadas também podem se inscrever para capacitação profissional.
Fonte: Pescap – JK

IBGE/AP realiza processo seletivo para Censo 2010
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/AP) divulgou na quarta-feira (14) que começou a preparação para o Censo de 2010. O órgão contratará, em todo país, centenas de analistas, agentes censitários, recenseadores e supervisores, nível médio e superior. No Estado, cerca de 600 vagas deverão ser disponibilizadas. As provas serão no primeiro semestre de 2010. Para o nível médio o salário será entre R$ 800 a R$ 1.200. Os contratados com terceiro grau ganharão cerca de R$ 4.000.

De acordo com o titular do órgão, Aroldo Canto, a expectativa é que na divulgação da pesquisa, em dezembro de 2010, todos os 5.564 municípios do país, inclusive os do Amapá, estejam com internet banda larga.O censo de 2010 será um dos mais importantes da história e irá custar ao país R$ 1bilhão e 400 milhões, esperamos que até lá, a internet rápida seja uma realidade no Amapá, afirmou Aroldo Canto.
Fonte: TV Amapá – JM

Justiça condena “laranjas” de serrarias na Amazônia Ocidental
Dois “laranjas” e sócios de empresas do setor madeireiro em Guajará-Mirim, a 367 quilômetros de Porto Velho, na fronteira brasileira com a Bolívia, foram condenados pela Justiça por falsidade ideológica em Rondônia. A denúncia feita pelo Ministério Público Federal durante a Operação Pomar, da Polícia Federal, iniciou uma série de providências visando a contenção da devastação nessa região, que tem parque estadual e reserva extrativista.

Desembargadores da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negaram, por unanimidade, o pedido de recurso de apelação criminal interposto por Alzenir Fernandes dos Santos, Marcelo Roberto dos Santos e Mauro Roberto dos Santos, condenados pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Guajará-Mirim.

Alzenir e Marcelo foram condenados à pena de um ano e 10 dias de multa. Mauro foi condenado à pena de um ano e quatro meses de reclusão e 14 dias-multa em regime inicial aberto. No recurso de apelação feito pelos réus, a Câmara Criminal concedeu apenas a redução, para um salário mínimo, das penas pecuniárias de Alzenir e Marcelo Roberto, mantendo na íntegra os demais termos da sentença em 1º grau.

Desmatamento: Segundo o Ministério do Meio Ambiente, em 2005 a corrida à madeira pôs no chão 312 quilômetros quadrados de árvores e 81 quilômetros quadrados em 2006. De acordo com dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2006, Rondônia desmatou mais no mês de junho e, em 2007, nos meses de julho, agosto e setembro. Os números de 2008 ainda não foram fechados.

Desde 2003 as derrubadas são feitas sem controle. A Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia vem avaliando a situação, para traduzir os números exatos da devastação. Conseguiu incluir em seu sistema de controle de gestão florestal 117 mil das 137 mil propriedades. Ou seja, cerca de 60% das áreas tituladas no Estado.

A Operação Pomar tem o objetivo de reprimir a criação de empresas em nome de “laranjas”. De acordo com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público Federal em Rondônia, as empresas investigadas pela Promotoria de Justiça em Guajará-Mirim são quase todas do setor madeireiro e pertenciam a pessoas que já haviam possuído outras empresas autuadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis.

Elas já haviam respondido a processos judiciais. Seus proprietários criavam novas empresas em nome de terceiros, a fim de burlar a fiscalização e a Justiça. Mais da metade das empresas madeireiras da comarca de Guajará-Mirim está em nome de “laranjas”.
Fonte: Agência Amazônia de Notícias – RC

Alemanha destina 20,5 milhões de euros para Amazônia peruana
O Peru fechou um acordo com a Alemanha, na semana passada, para a doação de 20,5 milhões de euros, por parte da Alemanha, à Amazônia peruana. O repasse será feito neste ano e no próximo. O objetivo da doação é a proteção de 54 milhões de hectares da floresta primária peruana. Desta quantidade, doze milhões são de propriedade de povos indígenas.

Em dez anos, a partir de 2009, o governo peruano pretende reduzir a zero a destruição da Amazônia, objetivo que implica em eliminar o número de 150 mil hectares de florestas destruídos ao ano. Para isso, o país andino prevê o investimento de 5 milhões de dólares anuais. Isso além da doação de 10 milhões de dólares a cada ano, que o Peru pretende obter de países como Espanha, Japão, Holanda, Alemanha e Polônia. "Para o próximo ano, conseguimos 7 milhões da Alemanha, assim que não estamos mal", afirmou o ministro do meio ambiente, Antonio Brack Egg.
Fonte: Amazônia.org - RC

Preservação pode evitar catástrofes climáticas, diz pesquisa
A preservação da Amazônia pode evitar eventos climáticos extremos no centro-sul do Brasil, por causa do papel da floresta na manutenção do equilíbrio do clima na América Latina. De acordo com o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Antonio Nobre, a floresta tem papel fundamental no equilíbrio do sistema hidrológico da região.

“No funcionamento do clima na América do Sul, a Amazônia tem um papel muito grande na exportação de umidade, por meio da atmosfera, dos ventos. As nuvens saem da Amazônia para irrigar as regiões no centro-sul da América Latina: Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, norte da Argentina. Toda essa região depende das águas que vêm da Amazônia”, apontou Nobre em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia.

De acordo com dados do pesquisador, por dia, a Amazônia chega a jogar na atmosfera 20 bilhões de toneladas de água em forma de vapor. O bom funcionamento desse sistema de regulação do regime de chuvas depende da manutenção da floresta em pé, sem desmatamentos, segundo Nobre. “O que está em curso hoje ameaça gravemente o funcionamento dessa máquina gigantesca”, avaliou.

O cientista compara o desmate da Amazônia à retirada de partes do fígado de uma pessoa que ingere muito álcool e depende do bom funcionamento do órgão para se recuperar dos excessos. “A floresta amazônica é como um fígado gigantesco, uma bomba, um pulmão. As árvores têm um papel muito importante no funcionamento da atmosfera, do transporte de água, do clima. E o que estamos fazendo é como cortar um pedaço do fígado, que passa a ter muito menos capacidade de lidar com os abusos, que nesse caso são o aquecimento global e todas as agressões que são decorrentes da atividade humana na Terra”, explicou.

Segundo Nobre, apesar de não ser possível traçar precisamente uma relação direta entre o desmatamento da floresta e as recentes chuvas que atingiram Santa Catarina, por exemplo, a ocorrência de eventos climáticos extremos como esse está relacionada a um desequilíbrio ambiental, que pode ser evitado.

“O que a Amazônia provê não são apenas serviços [ambientais] para o cinturão agrícola, para as hidrelétricas, para a atividade industrial; o que a Amazônia provê é um sistema de estabilização climática que consegue manter a região toda em equilíbrio. Não se tem nem excesso de água nem falta. E também impede que ocorram secas prolongadas, que criariam os desertos”, acrescentou.

Nobre defende que, mesmo diante de incertezas científicas, há fatos suficientes para justificar a demanda urgente pela preservação. “O que a ciência já sabe é mais do que suficiente para comprar várias apólices de seguro. E o seguro se chama proteger a floresta. Estamos destruindo o sistema hidrológico e o clima da América do Sul”, alertou.
Fonte: Agência Brasil

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