O governo aprovou uma medida que aumenta as áreas de agricultura e pecuárIa na Amazônia. Uma comissão com representantes de 13 ministérios mudou a regra sobre reflorestamento obrigatório no entorno da BR 163, que liga Santarém a Cuiabá, e de rodovias próximas, reduzindo a área de reserva legal. Quem desmatar terras no entorno das rodovias não será mais obrigado a reflorestar 80% daquela área, como determina hoje a legislação ambiental, mas 50%, Cerca de 700 mil hectares deixarão de ser replantados com árvores nativas e poderão ser usados para a agricultura. A decisão foi aprovada por unanimidade. Para o Ministério do Meio Ambiente favorável à mudança, a nova regra permite combater melhor o desmatamento. O Greenpeace criticou a medida, que será submetida ao Conselho Nacional de Meio Ambiente.
Ambientalistas contestam agropecuária na Amazônia
A decisão do governo de aprovar a flexibilização da área de reflorestamento de reserva legal em algumas regiões da Amazônia no entorno da BR-163 (Santarém-Cuiabá) e da BR- 230 (Transamazônica) fez acender a luz amarela dos ambientalistas. Para o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a medida vai na contramão do que o próprio Executivo sinalizou quando, em 2006, previu a criação de um distrito florestal para proteger a região do desmatamento.
- O governo tem tido muita dificuldade em colocar essa região na legalidade. O distrito florestal foi criado e não decolou. Novas Unidades de Conservação têm sido desmatadas, e o plano de asfaltamento sustentável também não foi executado - afirmou Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon.
(Portal Amazônia)
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