O ministro da Defesa Nelson Jobim condenou nesta sexta-feira a criminalização do desmatamento da Amazônia e defendeu o desenvolvimento sustentável da região para atender as 20 milhões de pessoas que lá vivem. "Tratar esse assunto sob a perspectiva da criminalização é um equívoco", disse Jobim a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.
"É preciso encontrar uma forma de desenvolvimento econômico sustentável para essa gente, se não vão derrubar árvore para vender madeira e sobreviver", acrescentou.
O Brasil anunciou em dezembro do ano passado a meta de reduzir o desmatamento anual da Amazônia para 5.850 quilômetros quadrados até 2017, aproximadamente metade dos 11.986 quilômetros quadrados registrados entre agosto de 2007 e julho de 2008. Fazendeiros e produtores de gado que avançam sobre a Amazônia estão entre os principais culpados pela destruição da floresta, segundo especialistas. A questão tem colocado em lados opostos os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.
"Não é agenda brasileira o desmatamento da Amazônia, que é desmatar e explorar com pecuária, e também não é agenda brasileira preservar a Amazônia para ser um grande jardim para deleite estrangeiro", afirmou Jobim. "Precisamos encontrar o caminho do desenvolvimento sustentável por uma razão simples, temos 20 milhões de brasileiros lá."
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier - Reuters)
Nenhum comentário:
Postar um comentário