Mortalidade Infantil
O relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre "A Situação Mundial da Infância - 2009", divulgado nesta semana, mostra que o Brasil ainda tem que trilhar um longo caminho para conseguir índices de mortalidade infantil de Primeiro Mundo. O ranking, com 194 países, é invertido: quanto mais na frente na lista, pior a situação do país. Seis países ocupam a última posição em taxas de mortalidade infantil: Suécia, Islândia, Cingapura, Luxemburgo, Andorra e Liechtenstein. Quer dizer que, lá, morrem menos crianças de zero a cinco anos para cada mil nascidas vivas. O Brasil, que em 2006 estava em 113º lugar, baixou para o 107º lugar em 2007. O primeiro lugar nada honroso em mortalidade infantil ficou para Serra Leoa; o segundo, para o Afeganistão.
Ainda assim, os números da Unicef apontam para conquistas consideráveis nos últimos 18 anos. Em 1990, morriam 58 crianças brasileiras para cada mil nascidas vivas. Em 2006, o índice de mortalidade já havia sido reduzido para 20 mortes por mil; e houve um ligeiro aumento, para 22 por mil no ano seguinte. Tomado o ano de 1990 como base, portanto, a taxa de mortalidade infantil do Brasil caiu 62%. O país conseguiu a 18ª maior redução entre os 194 países da lista da Unicef.
A pequena redução de um ano para outro, quando cotejada com outros indicadores, não parece indicar um retrocesso em relação aos ganhos de redução de pobreza resultantes das políticas sociais implementadas a partir dos anos 90. O Índice Global da Fome (GHI, na sigla em inglês), calculado pelo Instituto de Pesquisa sobre Políticas Alimentares (IFPRI) em parceria com o German Agro-Action e o Consern Worldwide sobre dados de 120 países não-industrializados, aponta que entre 1990 e 2008 o Brasil deixou de figurar entre os países com "problemas alimentares graves", para passar à categoria de "baixos problemas alimentares". O mundo todo, aliás, viu o número de pessoas com deficiência alimentar cair em 20% no período entre 1998 e 2008, situação motivada em grande medida pelo progresso na nutrição infantil. O GHI caiu 40% na América Latina, 30% no Sudeste Asiático e 11% na África Subsaariana. Isso ocorreu, de fato, em um ambiente onde os preços dos alimentos estavam em queda. Pode haver uma reversão nessa realidade de gradual redução da fome, em consequência da grave crise financeira internacional, que certamente fará suas maiores vítimas entre os mais pobres.
Fonte: Valor Econômico
O relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre "A Situação Mundial da Infância - 2009", divulgado nesta semana, mostra que o Brasil ainda tem que trilhar um longo caminho para conseguir índices de mortalidade infantil de Primeiro Mundo. O ranking, com 194 países, é invertido: quanto mais na frente na lista, pior a situação do país. Seis países ocupam a última posição em taxas de mortalidade infantil: Suécia, Islândia, Cingapura, Luxemburgo, Andorra e Liechtenstein. Quer dizer que, lá, morrem menos crianças de zero a cinco anos para cada mil nascidas vivas. O Brasil, que em 2006 estava em 113º lugar, baixou para o 107º lugar em 2007. O primeiro lugar nada honroso em mortalidade infantil ficou para Serra Leoa; o segundo, para o Afeganistão.
Ainda assim, os números da Unicef apontam para conquistas consideráveis nos últimos 18 anos. Em 1990, morriam 58 crianças brasileiras para cada mil nascidas vivas. Em 2006, o índice de mortalidade já havia sido reduzido para 20 mortes por mil; e houve um ligeiro aumento, para 22 por mil no ano seguinte. Tomado o ano de 1990 como base, portanto, a taxa de mortalidade infantil do Brasil caiu 62%. O país conseguiu a 18ª maior redução entre os 194 países da lista da Unicef.
A pequena redução de um ano para outro, quando cotejada com outros indicadores, não parece indicar um retrocesso em relação aos ganhos de redução de pobreza resultantes das políticas sociais implementadas a partir dos anos 90. O Índice Global da Fome (GHI, na sigla em inglês), calculado pelo Instituto de Pesquisa sobre Políticas Alimentares (IFPRI) em parceria com o German Agro-Action e o Consern Worldwide sobre dados de 120 países não-industrializados, aponta que entre 1990 e 2008 o Brasil deixou de figurar entre os países com "problemas alimentares graves", para passar à categoria de "baixos problemas alimentares". O mundo todo, aliás, viu o número de pessoas com deficiência alimentar cair em 20% no período entre 1998 e 2008, situação motivada em grande medida pelo progresso na nutrição infantil. O GHI caiu 40% na América Latina, 30% no Sudeste Asiático e 11% na África Subsaariana. Isso ocorreu, de fato, em um ambiente onde os preços dos alimentos estavam em queda. Pode haver uma reversão nessa realidade de gradual redução da fome, em consequência da grave crise financeira internacional, que certamente fará suas maiores vítimas entre os mais pobres.
Fonte: Valor Econômico
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